sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Telas, poltronas e pipoca.

Eu adoro cinemas. Adoro ficar naquelas salas por até 2h30 sem ter noção do que está acontecendo lá fora. Gosto do barulho de pessoas mexendo nos sacos de pipoca, do barulho delas mastigando pipoca. Gosto do cheiro da pipoca do cinema, aquele cheiro de manteiga, sal e se for doce melhor ainda. Gosto do som das risadas variadas que as pessoas dentro do cinema dão quando tem uma cena engraçada na tela. Gosto do clima de romance do cinema, até mesmo quando está passando os filmes mais macabros. Adoro aquelas poltronas acolchoadas azuis, vermelhas ou marrons. Gosto das reações das pessoas em diferentes cenas. Gosto da sensação de estar em uma sala de cinema, tudo escuro, só a luz da tela iluminando tudo. Adoro pensar que estou entrando em outro mundo quando entro numa sala de cinema, que a minha entrada é uma passagem para outro planeta e depois que eu passo pela porta pesada o mundo lá fora não existe. Só os meus pensamentos pra me fazer companhia. Cinemas, são sem dúvida alguma geniais.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pessoas, um desabafo.

As pessoas são incoerentes, contraditórias. Além disso, uma grande parte das pessoas é medrosa. Tem medo de encarar as partes tristes do próprio passado, medo de supera-las.
E elas te culpam por isso. Quando você tenta ajudar elas a superar, elas ficam bravas e te acusam de ser uma pessoa ruim, sem sentimentos ou algo parecido. Pode até parecer maldade, mas pra mim essas pessoas não querem ajuda. Querem parecer algo vazio, coisa que elas em geral não são. Nem um pouco.
Mais de uma vez, eu fui em festas em que estava bebada ou até sóbria. Mas quando entrava no banheiro, poderia ser uma pessoa que eu nunca vi na vida, feia, bonita, gorda, magra ou estranha, se ela estivesse chorando a primeira coisa que eu fazia era perguntar "você tá bem? quer conversar?". E era isso que eu fazia, sentava e escutava se a pessoa quisesse isso. Porque é isso que a pessoa precisa as vezes, apenas de alguém que pare e escute. E isso eu sei fazer muito bem.
Eu não faço questão de muitas pessoas ao meu redor, mas tem algumas que eu gostaria que estivessem por perto. Só que eu percebi que por mais que eu sinta falta, eu não vou morrer por isso. Aliás eu comecei a aceitar muito bem a perda de algumas pessoas ao meu redor, aceitar sem dor. Pois eu aprendi que tudo passa, só ficam as memórias. Sejam elas boas ou ruins.
Algumas eu até prefiro que se afastem de mim. Principalmente aquelas pessoas que tanto criticavam, desprezavam um certo jeito de ser e por fim acabaram se tornando igual ao que elas mais criticavam. Eu sou capaz de aceitar mudanças e apoiar. Mas esse tipo de mudança eu não consigo suportar.
Pessoas que viveram boa parte da vida ao seu lado, você percebe que elas não te conheciam de verdade. Você tenta conhecer a pessoa, na verdade chega a perceber coisas que ninguém percebe sobre ela. As vezes nem ela mesma percebe. Mas acho que conhecer alguém assim tão bem, é um insulto. Uma invasão. Só é difícil amar alguém quando você escolhe que seja assim. Amar é fácil, sentir carinho e ter afeto também. Não é preciso aprender isso em lugar nenhum.
Outra coisa chata é a hipocrisia, não vou aqui dizer que não sou hipócrita, com certeza eu sou meio hipócrita as vezes, aliás não existe uma unica pessoa que não seja.
Mas quando isso causa uma briga? talvez uma briga que já estivesse há tempos ali esperando pra acontecer. Mas mesmo assim uma causa no mínimo imbecil. Você ouviu aquela pessoa por tanto tempo desmerecer, caçoar e etc de alguém que você não acredita quando aquela pessoa acaba junto dela, por mais legal que esse alguém seja. Mas até ai tudo bem, mesmo se isso fez ela feliz, então não importa. Mas dai acusar alguém de ser preconceituoso (pelas mesmas coisas que ela mesma anteriormente disse), é o cúmulo. Mas eu não estou aqui pra julgar, isso é apenas um desabafo que demorou pra eu aceitar. Eu nunca quis que ninguém fosse igual a mim, ou que gostasse das mesmas coisas que eu, eu detesto gente sem personalidade. Eu posso até ter errado, sou um ser humano e como qualquer outro tenho minhas falhas, defeitos. Mas não nego que errei. Era isso que eu tinha pra dizer. Eu posso até ter sentido falta, mas eu já enfrentei coisa pior e sei que posso superar. E se qualquer outra pessoa disser que eu não sei dar apoio, não sei o que é afeto ou o que é amizade. Claramente não me conhece. O que é uma pena, mas também não faz diferença.

No meu quarto tem luzes de natal.

Noite passada antes de dormir, eu deitei na cama com um caderno.
Deixei apenas aquelas luzinhas de árvore de natal acesas. Fechei os olhos e deixei que minha mente me guiasse pelas palavras perfeitas, pelos sentidos incoerentes. O resultado disso, foi é claro imbecil.

"Reflexos perdidos em espelhos nas vitrines,
Luzes de faróis piscando borradas pela chuva forte.
Duas almas, um coração. Não deixe sangrar, não faça esperar.
Me dê asas para voar, estou indo te encontrar.
Quando te ver, nem mil diamantes serão capazes de brilhar tanto quanto os meus olhos.
Eu quero voar com você, dois amantes disfarçados de anjos.
Achei meu reflexo em você, mas não roube meu coração.
Vamos apenas brincar. Com nossos corações inteiros, nada pode nos derrubar.
Somos um. Meu coração, seu coração.
Somos amantes da lealdade, coragem e confiança.
Somos filhos do amor."

Depois disso, deixei o caderno cair no chão junto com o lápis. Meus olhos se fecharam lentamente, eu pensei no amor, apenas um amor. Um amor saudável, leve como brisas de verão, verdadeiro e incapaz de me matar. "estou segurando sua mão, não vou te deixar. correndo jutos, a única coisa pela frente é o horizonte, esperando por nós."