segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Você é feliz?

Felicidade:
Classificação morfossintática: substantivo fem. singular.
Sinônimos: alegria, paz interna, amor, empolgação.
Antônimos: melancolia, tristeza.
Palavras relacionadas: euforia, empolgação.

Felicidade e alegria apesar de serem sinônimos, são diferentes.
Alegria é um momento de euforia, um momento bom e passageiro. A felicidade é bem mais do que um momento. É um estado de espírito, uma escolha. É olhar ao redor, fechar os olhos e agradecer pelas pequenas coisas. É, apesar de as coisas não estarem indo como queríamos, estar feliz mesmo assim. É sorrir pelo simples fato de ter alguém em quem pensar antes de dormir, sorrir por poder sofrer, pois só sofre quem sente e quem sente é tudo. Felicidade é ser feito de emoções e vivê-las intensamente, cada uma ou todas ao mesmo tempo. Felicidade é não ter tudo, mas querer dividir o pouco que se tem com algumas pessoas essenciais. Felicidade é amar com cada célula do corpo sabendo das consequências. É defender com unhas e dentes o direito de sorrir, de viver e principalmente de sonhar.
Felicidade é abrir mão de algumas coisas para ser feliz junto de alguém, ou para fazer alguém especial feliz. É abrir mão sem sentir falta. Ser feliz é... olhar pra frente sem medo de olhar pra trás e levantar mesmo sabendo que pode cair de novo, é compreender e superar.
Felicidade é dar a mão a quem precisa quando o caminho está escuro e tortuoso. Ser feliz é ter esperanças mesmo quando tudo parece perdido e ter força de vontade para seguir adiante. Aprender com os erros e acertos é ser grande.
Felicidade é estar, ser e sonhar. Um pássaro é feliz por voar sem direção. Eu sou feliz por amar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Telas, poltronas e pipoca.

Eu adoro cinemas. Adoro ficar naquelas salas por até 2h30 sem ter noção do que está acontecendo lá fora. Gosto do barulho de pessoas mexendo nos sacos de pipoca, do barulho delas mastigando pipoca. Gosto do cheiro da pipoca do cinema, aquele cheiro de manteiga, sal e se for doce melhor ainda. Gosto do som das risadas variadas que as pessoas dentro do cinema dão quando tem uma cena engraçada na tela. Gosto do clima de romance do cinema, até mesmo quando está passando os filmes mais macabros. Adoro aquelas poltronas acolchoadas azuis, vermelhas ou marrons. Gosto das reações das pessoas em diferentes cenas. Gosto da sensação de estar em uma sala de cinema, tudo escuro, só a luz da tela iluminando tudo. Adoro pensar que estou entrando em outro mundo quando entro numa sala de cinema, que a minha entrada é uma passagem para outro planeta e depois que eu passo pela porta pesada o mundo lá fora não existe. Só os meus pensamentos pra me fazer companhia. Cinemas, são sem dúvida alguma geniais.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pessoas, um desabafo.

As pessoas são incoerentes, contraditórias. Além disso, uma grande parte das pessoas é medrosa. Tem medo de encarar as partes tristes do próprio passado, medo de supera-las.
E elas te culpam por isso. Quando você tenta ajudar elas a superar, elas ficam bravas e te acusam de ser uma pessoa ruim, sem sentimentos ou algo parecido. Pode até parecer maldade, mas pra mim essas pessoas não querem ajuda. Querem parecer algo vazio, coisa que elas em geral não são. Nem um pouco.
Mais de uma vez, eu fui em festas em que estava bebada ou até sóbria. Mas quando entrava no banheiro, poderia ser uma pessoa que eu nunca vi na vida, feia, bonita, gorda, magra ou estranha, se ela estivesse chorando a primeira coisa que eu fazia era perguntar "você tá bem? quer conversar?". E era isso que eu fazia, sentava e escutava se a pessoa quisesse isso. Porque é isso que a pessoa precisa as vezes, apenas de alguém que pare e escute. E isso eu sei fazer muito bem.
Eu não faço questão de muitas pessoas ao meu redor, mas tem algumas que eu gostaria que estivessem por perto. Só que eu percebi que por mais que eu sinta falta, eu não vou morrer por isso. Aliás eu comecei a aceitar muito bem a perda de algumas pessoas ao meu redor, aceitar sem dor. Pois eu aprendi que tudo passa, só ficam as memórias. Sejam elas boas ou ruins.
Algumas eu até prefiro que se afastem de mim. Principalmente aquelas pessoas que tanto criticavam, desprezavam um certo jeito de ser e por fim acabaram se tornando igual ao que elas mais criticavam. Eu sou capaz de aceitar mudanças e apoiar. Mas esse tipo de mudança eu não consigo suportar.
Pessoas que viveram boa parte da vida ao seu lado, você percebe que elas não te conheciam de verdade. Você tenta conhecer a pessoa, na verdade chega a perceber coisas que ninguém percebe sobre ela. As vezes nem ela mesma percebe. Mas acho que conhecer alguém assim tão bem, é um insulto. Uma invasão. Só é difícil amar alguém quando você escolhe que seja assim. Amar é fácil, sentir carinho e ter afeto também. Não é preciso aprender isso em lugar nenhum.
Outra coisa chata é a hipocrisia, não vou aqui dizer que não sou hipócrita, com certeza eu sou meio hipócrita as vezes, aliás não existe uma unica pessoa que não seja.
Mas quando isso causa uma briga? talvez uma briga que já estivesse há tempos ali esperando pra acontecer. Mas mesmo assim uma causa no mínimo imbecil. Você ouviu aquela pessoa por tanto tempo desmerecer, caçoar e etc de alguém que você não acredita quando aquela pessoa acaba junto dela, por mais legal que esse alguém seja. Mas até ai tudo bem, mesmo se isso fez ela feliz, então não importa. Mas dai acusar alguém de ser preconceituoso (pelas mesmas coisas que ela mesma anteriormente disse), é o cúmulo. Mas eu não estou aqui pra julgar, isso é apenas um desabafo que demorou pra eu aceitar. Eu nunca quis que ninguém fosse igual a mim, ou que gostasse das mesmas coisas que eu, eu detesto gente sem personalidade. Eu posso até ter errado, sou um ser humano e como qualquer outro tenho minhas falhas, defeitos. Mas não nego que errei. Era isso que eu tinha pra dizer. Eu posso até ter sentido falta, mas eu já enfrentei coisa pior e sei que posso superar. E se qualquer outra pessoa disser que eu não sei dar apoio, não sei o que é afeto ou o que é amizade. Claramente não me conhece. O que é uma pena, mas também não faz diferença.

No meu quarto tem luzes de natal.

Noite passada antes de dormir, eu deitei na cama com um caderno.
Deixei apenas aquelas luzinhas de árvore de natal acesas. Fechei os olhos e deixei que minha mente me guiasse pelas palavras perfeitas, pelos sentidos incoerentes. O resultado disso, foi é claro imbecil.

"Reflexos perdidos em espelhos nas vitrines,
Luzes de faróis piscando borradas pela chuva forte.
Duas almas, um coração. Não deixe sangrar, não faça esperar.
Me dê asas para voar, estou indo te encontrar.
Quando te ver, nem mil diamantes serão capazes de brilhar tanto quanto os meus olhos.
Eu quero voar com você, dois amantes disfarçados de anjos.
Achei meu reflexo em você, mas não roube meu coração.
Vamos apenas brincar. Com nossos corações inteiros, nada pode nos derrubar.
Somos um. Meu coração, seu coração.
Somos amantes da lealdade, coragem e confiança.
Somos filhos do amor."

Depois disso, deixei o caderno cair no chão junto com o lápis. Meus olhos se fecharam lentamente, eu pensei no amor, apenas um amor. Um amor saudável, leve como brisas de verão, verdadeiro e incapaz de me matar. "estou segurando sua mão, não vou te deixar. correndo jutos, a única coisa pela frente é o horizonte, esperando por nós."

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Novos ventos.

Você não espera que certas coisas aconteçam com você. Você simplesmente ignora que esse tipo de coisa possa acontecer com você, tamanha é sua falta de sorte. Faz um pouco mais de uma semana que eu comecei a conversar com um garoto. Achei que fosse só mais um garoto qualquer, desses que você acha que vai conversar e no máximo acontecer de vocês ficarem e na pior das hipóteses ele ser escroto com você.
O fato é que eu não contava com uma intervenção completamente inesperada, que pra falar a verdade eu tinha dificuldade de acreditar que existia. Ainda mais eu gostando de uma outra pessoa. Como eu estava enganada, alguns dias conversando e só isso que precisou. Só tinha visto ele duas vezes no máximo e em uma delas até me interessei. Eu sempre olhava para os garotos que me interessavam com um olhar de predador, esperando pela sua presa. Mas depois de alguns dias, o olhar de predador se tornou um olhar indefeso, de rendição e esperança. Pra que negar o que estava tão óbvio? Eu abracei essa perspectiva, abracei essa oportunidade de ser feliz. Ora, o amor é imprevisível.
Eu estou tão feliz agora que simplesmente precisava escrever isso em algum lugar, eu nem acreditava mais que fosse possível isso acontecer. Algo tão grande, tão perfeito em tão pouco tempo. Claro que sim, é assustador. Só que isso não importa se ele estiver ao meu lado.

olhares do metrô.

Todo dia na cidade grande passam pelo metrô centenas e centenas de pessoas indo trabalhar, estudar ou outra coisa qualquer.
Num começo de noite, o trem esperando na plataforma. Uma garota de altura mediana, os cabelos balançando, com os olhos cheios de lágrimas evitando derrama-las desce as escadas correndo pra pegar o trem a tempo, passa pela roleta e desce outro lance de escadas e corre até o terceiro vagão. Entra correndo e a porta se fecha. Olha em volta, todos os assentos ocupados e anda até o meio do vagão onde encosta em um dos apoios de segurança, enquanto o trem ganha velocidade. Apóia as mãos nas coxas e baixa a cabeça respirando de forma desregulada, sentindo o coração aos poucos se acalmar da corrida. Uma lágrima caiu. Ela secou os olhos e se ajeitou, levantou a cabeça. Estava confusa, apesar da felicidade contagiante que preenchia cada parte do corpo dela, sentia vontade de chorar, doía...
No fundo do vagão um rapaz de olhos claros e boné, observava ela. Ela retribuiu o olhar curiosa e só parou de olhar quando ele desviou os olhos. Fechou os olhos com força, não queria estar ali. Abriu, mais uma vez ele a olhava. Ela segurou no apoio de lado e encarou ele. Durante uns 5 minutos ela ficou encarando, enquanto ele olhava e desviava o olhar rapidamente. Ela pendeu a cabeça para o lado e ele fez o mesmo com uma expressão divertida, os olhos dela fulminaram os dele. Então ela sorriu, ele sorriu de volta. Ao mesmo tempo que o trem parava em uma das estações, uma mulher se levantou e saiu. Ela andou como se fosse em direção a ele, mas se sentou no lugar vazio. Ele olhou meio desapontado e saiu. E mesmo então continuou a olha-la. Olhou insistentemente até o trem sair da plataforma e seguir viagem. Pequenos encontros, momentos curiosos que nos fazem pensar muito sobre eles sem nem ao menos significarem realmente alguma coisa. E se...
Ela encostou a cabeça no vidro achando graça do que tinha acabado de acontecer, fechou os olhos e cochilou.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Amanhecer

Fim de festa. Copos, latas espalhados pelo chão e algumas pessoas esquecidas dançando ao som das últimas batidas da madrugada.
Num canto do salão, uma garota sacudia o cabelo para tirar os confetes.
Uma chuva de coisinhas coloridas caiu no chão e no colo da garota. Ouviu alguém se aproximar e fechou os olhos enquanto uma mão pousou em seu ombro. Ela sentiu o coração se encher de folia, um sorriso tão puro e meigo tomou conta daquele rosto de expressão cansada e borrado de maquiagem.
Levantou o rosto e olhou nos olhos sorridentes de um garoto de cabelos escuro e bagunçado. Segurou a mão dele e juntos saíram pela porta. No horizonte o sol se levantava meio preguiçoso, jogando raios de luz no casal que se encontrava parado. Um olhando nos olhos do outro. A pele alva da garota assumiu um tom avermelhado, o rapaz tocou a bochecha dela suavemente. Ela fechou os olhos e uma lágrima lhe fugiu o controle e caiu, a mão dele secou a gota e acariciou seu rosto. Beijou a testa dela com ternura e foi embora. Ela ficou ali, parada. Sentiu a brisa dos primeiros momentos da manhã. Olhou em direção ao sol que nascia tão majestosamente em um horizonte infinito e se abraçou.
Por acaso, ali perto havia um muro pichado com as seguintes palavras: "O sempre é uma ilusão dolorosa, mesmo para os que se amam incondicionalmente."
Um meio sorriso se abriu e ela saiu andando.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Era uma vez...



Ás vezes a gente quer tanto alcançar o topo do mundo, que não percebe que quanto mais alto mais forte o vento sopra e pior vai ser a queda. E esquece que as consequências são as piores possíveis. O estrago de não saber como era antes, perder tudo ensina que quanto mais você tem mais você sofre, e na mesma medida quanto mais feliz você é pior a queda.
E durante a queda você só consegue pensar como era antes, mas percebe que não se lembra. Tudo ficou embaçado e os vestígios doem tanto quando tocados que você se fecha, entra num estado de letargia. Sua vida segue no piloto automático.
É difícil suportar a realidade, algumas pessoas fogem dela criando um mundo fechado onde ela adapta a realidade na imaginação. Outras, utilizam de drogas ou qualquer outra coisa que as tire do próprio corpo e façam entrar num mundo paralelo. E anda tem aquelas que insistem em não aceitar e fazem de tudo pra mudar, sem se importar se está ferindo alguém, machuca a todos pra não ser machucada. Essas pessoas mudam o mundo como bem entendem, mas são tão vazias que não faz diferença alguma.
E agora você consegue perceber que tudo a sua volta mudou, mas você continua a mesma pessoa... Só que com o coração um pouco mais frio e o sorriso um pouco mais amargo e cheio de malícia. A pele quente, os olhos atentos. Me diz onde dói.

domingo, 20 de junho de 2010

Vermelho sangue

Dizem que um pinguim quando encontra sua parceira eles ficam juntos pra sempre. Nós seres humanos passamos a maior parte de nossas vidas procurando a pessoa certa, nossa alma gêmea. Tudo isso pra acabarmos com corações partidos, sonhos perdidos e iludidos da forma mais cruel.
Mais uma noite vazia, ela esperava o sol nascer. Sentada no chão da varanda vendo o céu clarear a medida que o sol ia se levantando no horizonte.
Era como se ela fosse um brinquedo de si mesma. Mais uma dose. Estava frio, suas mãos estavam tão geladas que não sentiam mais nada, dormentes.
Pensou em cada amor que desapareceu, acabou e levou um pouco dela. Parecia que não tinha mais nada sobrando dentro dela, como se estivesse oca. Não sobrou nada de bom dentro dela, era amarga. Outono atrás de outono o sorriso ia se esvaindo de seu rosto.
Seus olhos escondem uma tristeza tão profunda que poderia matá-la.
As unhas pintadas de preto se fecharam em seu braço, dor. Mal conseguia sentir, um grito se perdeu em sua garganta e uma lágrima caiu. Mordeu o lábio com tanta força que uma gota de sangue saiu, o vermelho do sangue e do batom se misturaram. Sentiu o gosto de ferro do sangue, passou o pulso pra limpar. Mais lágrimas.
O amor dói.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

"Você não me conhece e nunca vai me conhecer."

De repente, todos os sonhos desaparecem e você não sabe mais o que quer e nem o que fazer.
Ela sabia o que queria, tinha incontáveis sonhos e tinha certeza do que queria ser.
Não sabia em qual parte do caminho ela tinha ficado tão perdida, tão sozinha. Mas agora ela andava pelas ruas, no meio da multidão e se sentia tão perdida e sozinha que tinha vontade de sentar ali mesmo se abraçar e chorar.
Olhos vermelhos, cabelo bagunçado e hálito de bebida alcoólica. Mais um noite, mas seu coração sentia como se estivesse daquele jeito faziam dias. "Love is not a victory march." Ficou cantarolando essa parte da música. Era fantástico como ela se apaixonava e se machucava tão facilmente. Não mais.
Não sabia o que queria, vivendo em uma ilusão sem sonhos. Um dia se sentia ótima, tinha todas as certezas que queria. Mas era só acordar que tudo isso sumia, quem vale a pena? quem te merece? quem te ama? quem te quer? o que te faz feliz? por que é tão difícil encontrar alguém que te ame? QUEM, O QUÊ, POR QUÊ? Outro dia sem esperanças, de dor, de escuridão e mais uma noite sem sonhos.
Ela entrou em casa, tremendo pelo frio lá fora. A casa estava silenciosa e escura, estavam todos fora. Suspirou, tirou o tênis e foi andando até o quarto, acendeu a luz e apoiou a cabeça na parede. Fechou os olhos. Se assustou, "quem sou eu?".
Cada dia que passava, cada noite que se arrastava, a cada gole de bebida que queimava pela garganta. Ela se perdeu tentando se encontrar, ou na realidade se perdeu de propósito. Gostava de se perder com alguém, essa é a verdade. Fria verdade, pois magoava quem estivesse por perto. E não sentia culpa nenhuma. Após muito tempo, ela sentiu parte daquela facilidade para se apaixonar. Dois dias bastaram. Por que tinha sempre que complicar as coisas para si mesma? Se apaixonando por dois, pelo menos era isso que ela pensava. Pensou sobre como isso iria atingir as pessoas e chego a conclusão de que não se importava muito. Estava tudo tão errado, tão fodido que mais um erro não poderia estragar ainda mais...
Abriu os olhos, correu pro banheiro, se despiu e entrou no box e abriu a torneira. Uma água quente deslizou por cada curva de seu corpo até os pés. Alívio. Apagou as luzes do banheiro e sentou no chão. Se ela chorou, nem mesmo ela sabia. Esperou o pior passar e respirou fundo. "Tempo, você precisa de tempo." Resolveu que iria esperar pra ver quem valeria mais a pena, quem teria maiores chances de a fazer bem.
Blérg, sorriu maliciosamente. "Eu não sei quem eu sou, ou acho que não sei. Mas sei que dói menos assim." Além disso, os poucos amigos que ela realmente considerava estavam ali em algum lugar esperando para lembrá-la de quem realmente era.
Se você a viu por ai, ela é doce. Mas cuidado com o inferno que ela carrega.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sabe quando você sente que foi enganada o tempo todo? Que tudo o que você viveu foi uma mentira, uma ilusão criada por alguém e acha que vai ser enganada de novo?
Ela estava bem, relativamente feliz. Tomou um susto, ficou chateada mas passou. Não achou que precisasse se preocupar com aquilo, (pelo menos é o que ela esperava).
Em um dia qualquer daquela semana cansativa, ela parou e pensou.
"Que grande piada.", o tempo todo vivendo uma mentira e não percebeu, talvez não uma mentira completa, mas uma daquelas ilusões que você cria pra se adaptar a realidade. O problema é que fizeram ela se adaptar a realidade alheia, à realidade de alguém que ela amou desesperadamente. Acabou.
O pior de estar se sentindo enganada, era o medo de ser enganada novamente por alguém que gostava, gostava tanto que amava. "Acho que vou acabar morrendo sozinha."
Só desejava alguém pra cuidar dela. É definitivamente ela estava perdida.
Não sabia onde todos os seus sonhos foram parar.
Você viu algum deles por ai?

sábado, 22 de maio de 2010

como fumaça.

A melhor parte de se ter um coração partido várias vezes, é que com o tempo você começa a não se importar quando alguém te decepciona. Porque pra você tanto faz. No fim você é mais feliz.
Ela gostava de provocar os rapazes, incitá-los a imaginar coisas proibidas, era sua grande diversão. Antes costumava se divertir com amores platônicos, corações partidos e dor, mas ela parou de se importar.
Se vestia com uma roupa provocante, sempre com algo negro no corpo, um olhar cheio de desejo, ódio e malícia. As pessoas temiam encará-la.
Ela ainda se esforçava pra ser legal com algumas pessoa, mas depois de um tempo percebeu que não valia a pena continuar a fazer isso.
Uma batida de leve, a cinza caindo no chão. Olhando pro céu, a fumaça subindo em formas hipnotizantes. Fechou os olhos, baixou a cabeça e fitou o chão. Sujo.
Deixou seus pensamentos fluírem, amigos. Podia contar nos dedos da mão as pessoas com que realmente se importava e amava. Amava? Tinha medo de amar.
Ela estava linda, toda de preto apenas um sapato rosa contrastando. Os olhos de um demônio. Poderia ter quem quisesse, mas não queria ninguém ali.
Encontrou os garotos dela, eles subiram na parte mais alta do prédio. o céu estava limpo, poucas estrelas e uma meia lua brilhante. Perfeito, ela sentiu as ondas, viajou junto com a mente dela, chegou longe... ela quase podia sentir ele por perto.
Desceu as escadas, pulou quase um metro de altura. A saia esvoaçou, ela se apoiou na parede. "Quando o fim está perto você é mais feliz." Andou pelas ruas, era madrugada. Uma coisa que ela sempre amou naquela cidade era a noite nela, as ruas ficavam desertas e as luzes dos postes deixavam a cidade linda. Esse cenário, lembrou ele.
Mal podia pensar em outra nos braços dele, se sentia doente. Agora ele era a coisa mais... preciosa que ela tinha talvez, e mesmo assim ele nem era dela.
Ela não tinha pra onde correr, então tanto faz se pegasse a entrada errada novamente.
Acendeu um cigarro, atravessou a rua e continuou andando.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

um desejo.

Fazia um bom tempo que não chovia.
O dia amanheceu nublado, assim como os olhos dela.
Após chorar por horas antes de dormir ela adormeceu cansada, esgotada.
Acordou cansada, começou a se despir e seus pelos se arrepiaram com o vento frio que se esgueirava pela janela aberta, colocou a roupa com pressa e fechou a janela. Pintou os olhos, escondeu as olheiras e foi para a cozinha. Preparou um leite rápido, umas torradas e se apressou pra sair de casa. Ao sair pelo hall do prédio, sentiu pequenas gotas caírem em seu rosto. "Droga" pensou ela.
Foi pro colégio, as mesmas pessoas, os mesmos rostos, os mesmo gritos estridentes, tudo igual. Suspirou, suspirou pesadamente e seguiu em frente. Aguentou cada minuto dentro daquele lugar, perdeu a paciência "gente nojenta". Mandou alguns irem a merda, e recebeu uma nota. Pelo seu rosto passou: decepção, tristeza, desesperança e raiva. Mas ninguém percebeu, colocou uma expressão de indiferença no rosto e seguiu, segurou as lágrimas que se formavam em seu rosto. Ao som do sinal, saiu o mais rápido que pode. Chegando na rua, desabou. Mal podia enxergar no meio de tanta água, chegou em casa e se jogou em sua cama, se afogando no próprio choro. Chorou até cansar, se levantou e tentou comer alguma coisa, uma garfada, duas garfadas, três, quatro e mais nada descia. Sentia a falta dele, que ótimo mal tinha visto ele e sentia uma falta imensa dele. Pintou os olhos de novo, os olhos inchados e vermelhos, os deixou negros e saiu. Foi na locadora, devolveu o filme, alugou outro filme e quando ia embora a chovia forte. "É, hoje o céu tá chorando as minhas lágrimas."
Saiu pra chuva, a cada passo ficava mais e mais encharcada. As lágrimas se misturaram com gotas de chuva. "Por que isso não acaba? Eu não aguento mais isso." Pensou nele. Queria estar com ele, só estar. Talvez segurar as mãos dele. Mas estar perto, só sentir ele estava ótimo. Mas ela estava longe e sozinha. Hora: 20:20. "Será que ele me quer?" Ela queria ele, conseguia sentir isso pulsando em sua veia. Queria se matar, mas ele era o motivo que tinha maior peso pra ela não fazer isso. Mas ele não sabia o que queria realmente, talvez por medo. Mas ela também tinha medo, talvez ela mais do que ninguém entendesse como ele se sentia. Ela estava quebrada, estilhaçada. Mas ainda sim queria se arriscar e tentar fazer ele feliz, e talvez ele faze-la feliz também. Só conseguia pensar em uma coisa "deixa eu tentar te fazer feliz?"

domingo, 25 de abril de 2010

finalmente o sol.

Não é ótimo quando depois de uma tempestade horrível o sol aparece pra iluminar e trazer paz a terra?
Ela estava em paz, parecia que faziam anos desde que esteve "calma" consigo mesma. Mas estava relativamente feliz, claro com alguns problemas. Não falava com sua mãe a quase uma semana e antes disso as coisas já não iam bem. Ela suspirou. Abriu a porta de casa e respirou aquele cheiro familiar bom. Estava sozinha, ia passar a semana assim. Só não tinha certeza se isso era muito bom ou se ia acabar se irritando por passar tanto tempo sozinha, queria pelo menos alguém pra ficar ali com ela. Lembranças rodopiaram em sua cabeça mas logo foram embora. Tais lembranças já não a incomodavam e tão pouco a machucavam, na verdade eram lembranças felizes. Depois de selar o seu amor por aquele garoto na pele começou a sentir livre dele finalmente, sentia-se feliz com aquele novo milagre em sua vida no entanto não conseguia se libertar para vive-lo. Mas finalmente conseguiu sentir a vida nos olhos de alguém de novo. Um sorriso brincou em sua boca, gostava desse pensamento de alguém que a fazia bem, no entanto o mesmo sentimento que a deixava radiante também a deixava irritada, pois ficava confusa e sem saber como agir. Odiava se sentir de mãos atadas, principalmente quando estava em jogo seus sentimentos, seu coração ou qualquer coisa do tipo. "ARGH", foi o que ela disse desabando no sofá, estava tentando colocar os pensamentos e sentimentos em ordem, mas estava tudo uma grande bagunça e não conseguia organizar as coisas, isso só estava piorando as coisas. Jogou a perna pra cima do encosto do sofá e a cabeça pra fora, de cabeça pra baixo talvez viesse uma solução... nada. Enquanto o sangue descia pra sua cabeça pensou que talvez pudesse fazer como sempre e ser sincera quanto aos seus sentimentos... não, isso o afastaria mais do que aproximaria os dois. Sentou-se no sofá e levantou, despiu a camisa cinza que caía no ombro, jogou no chão e deitou na cama no meio de um bando de animais de pelúcia com as mais diversas cores. Ficou ali deitada imaginando como seria bom estar com ele abraçada e sentindo o cheiro dele. Ia acabar ficando maluca, afundou a cara no travesseiro como se isso fosse afugentar as ideias que tanto a deixavam inquieta e desnorteada. Definitivamente hoje ela estava sem sorte, ou na verdade sorte de ele ter aparecido na vida dela. Não sabia dizer, mas estava feliz dele o ter feito. (:

segunda-feira, 19 de abril de 2010

17

Se eu me olhar no espelho não parece nem um pouco que eu fiquei mais velha, continuo tendo a pele lisa, sem rugas. O corpo continua o mesmo. Mas por dentro, pelo menos no coração eu consigo sentir o peso que muitos sentimentos deixaram por ali.
Hoje é um dia de receber dezenas de telefonemas de toda a família, recados no orkut de amigos e de pessoas que você nunca fala. Pessoalmente alguns lembram de te dar um abraço, outros até mesmo os que se dizem amigos pra toda a hora só se lembram depois de outra pessoa falar ou comentar. Mas tudo bem, é só mais um ano, só mais um aniversário. No meio disso tem aqueles telefonemas inesperados e muito especiais e tem até aquele telefonema que te deixa com raiva, chateada, com saudades mas te deixa feliz no final.
Acho que pela primeira vez eu fiquei triste num aniversário, não estava na expectativa por esse dia e tão pouco me senti entusiasmada quando abri os olhos hoje. Apenas mais um dia, apenas mais um ano.
Feliz Aniversário, assoprei as velinhas e vou me retirar agora.

domingo, 18 de abril de 2010

o casamento.

Eu sempre vi nos filmes e novelas as pessoas chorando em casamentos e achava besteira. Ontem fui a um casamento desses tradicionais na igreja, a noiva de branco e grinalda os padrinhos, dama de honra, e tudo o mais. Eu não chorei. Mas eu fiquei emocionada, cada detalhe eu imagina como eu faria, como se fosse um filme paralelo passando na minha cabeça do MEU casamento.
Eu sempre quis ter um casamento bonito, acho que toda garota no fundo tem esse sonho particular, casar de branco numa igreja ou alguma coisa parecida.
Parei pra pensar hoje de madrugada antes de dormir, como casamento se tornou algo sem sentido. As pessoas se casam e logo logo se separam. A aliança que costumava ser um símbolo de amor, cumplicidade e união entre duas pessoas de todas as formas, mas agora eu vejo esses namoradinhos com alianças, acabando com o significado de algo tão bonito, namoradinhos que no fundo nem se amam, e nem sabem o que significa de verdade o amor. Eu fico com raiva quando vejo isso.
Mas enfim, ontem quando eu vi a noiva entrando tão linda, com um sorriso de "eu sou a pessoa mais feliz do mundo". Eu quis mais do que tudo estar ali no lugar dela, com um vestido branco longo, uma tiara toda brilhante no cabelo e a grinalda. As flores seriam vermelhas e brancas. A cerimônia seria curta, eu entraria ao som de 'Wonderwall' em instrumental, no altar me esperando com um sorriso estampado na cara estaria o cara que me faria a pessoa mais feliz do mundo, a pessoa que eu ia acordar ao lado pro resto da minha vida, quem eu seria fiel e quem eu ia amar imensamente por todos os dias até minha morte. Nossos olhos se encontrariam e eu teria a certeza de que estaria no lugar certo, fazendo a coisa completamente certa. Depois de trocar alianças, segurar as mãos dele e sentir os braços dele ao meu redor eu olharia para as pessoas ali presente e abriria o sorriso mais sincero e feliz do universo.
Na festa, eu tiraria as fotos, cumprimentaria os convidados e teria a primeira dança tocando "Lago dos Cisnes (disney)" e iria pra casa com o homem certo. Tendo a certeza de que aquilo é a perfeição.
Esse é um sonho sincero, um sonho de alguém que tem o coração enorme e cheio de esperança e amor, o sonho de alguém que acima de tudo quer ser amada, o sonho de uma pessoa sonhadora e que acredita no amor, mesmo tendo medo de amar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

renascendo das cinzas.

É absolutamente fantástico como a gente cresce e amadurece com a dor, o amor e outros sentimentos. Eu já ouvi mais de uma vez que eu sou inteligente, linda e posso ter e ser o que eu quiser. Mas eu nunca botei muita fé nessas palavras, e foi ai que eu errei ou não. Fiz bem em não me apegar a isso, pois eu poderia ter quebrado a cara ainda mais vezes que já quebrei, mas por outro lado se eu tivesse acreditado em tais palavras eu teria sofrido menos, então resolvi que agora é hora de viver a vida como eu mereço.
Eu vou ser feliz do jeito que der.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

agradecimento

Eu quero agradecer com todo o meu coração aqueles que disseram que sempre estariam ao meu lado, e não estão.
Obrigada mesmo pelas palavras de consolo falsas, por me ouvir quando eu precisei e depois jogar na minha cara isso.
Vocês são maravilhosos, obrigada por tudo mesmo.
Um obrigada especial, pra você meu amor. Você disse que asempre estaria ao meu lado, que jamais me abandonaria e agora tá ai rezando pra eu desaparecer. Rezando pra eu não amar mais, e ser mais parecida com uma pedra sem sentimentos pra você não ter que ficar com a consciência pesada. Parabéns, você merece um título de babaca mór. Muito obrigada pelos dias de amor, pelo carinho e por me deixar na merda.
Apesar de eu dizer que odeio te amar, a verdade é que eu te amo tanto que o ódio não existe, eu já passei dessa fase.
Então prestem bem atenção meus queridos amigos, vão todos a merda.
O mundo já tá muito cheio de hipócritas, mentirosos e outros tipos de ratos de esgoto.
Lembrem-se meus queridissimos amigos, eu sempre estarei aqui como uma trouxa ouvindo vocês, perdoando e estando sempre ao ladfo de vocês, jogando tudo pro alto por vocês. Eu sou assim, uma idiota vencedora do prêmio de otária do século. Acho que isso faz da gente um casal perfeito né? o babaca mór e a otária do século. QUE TÍTULOS, QUE TÍTULOS.
Um dia vocês vão aprender que o que vocês fazem comigo é o começo da morte de vocês, e o fim da minha morte. Porque por mais que eu aprecie enormemente todo esse carinho de vocês comigo, essa atenção, toda essa importância que vocês me dão eu cansei de ser a otária.
Parabéns, vocês merecem todo o agradecimento do mundo por terem acabado comigo, e obrigada você meu amor você conseguiu destruir o que restava de mim, acabar ocompletamente.
Eu explodi, não me procurem, não se preocupem.

terça-feira, 13 de abril de 2010

lista de presente.

Resolvi fazer uma lista das coisas que eu quero de aniversário, que vai ser daqui a 6 dias (19/04), aqui está:
eu quero 24h de pura felicidade, pelo menos por um dia;
um pouco de esperança;
aprender a ser eu de novo;
um coração novo, ou então o meu de volta :\
quero um abraço bem forte e verdadeiro;
quero alguém pra segurar minha mão;
ficar perto de pessoas que querem meu bem e gostem da minha pessoa;
queria ter conserto;
e queria que toda a dor e o ódio fossem embora;
alguém que me abrace e diga que vai ficar tudo bem;
quero que o ano inteiro seja outono;
quero ir dormir e acordar sem chorar;
não ter mais pesadelos com pessoas me abandonando;
só que mais do que tudo isso eu quero ser feliz de verdade, mesmo que pra isso eu precise de uma máquina do tempo pra voltar ao passado, eu quero alguém que me ame e cuide de mim.
Sabe qual é o pior de desejar tudo isso de presente? é saber que as chances de qualquer um desses pedidos se realizarem são completamente nulas. Ninguém tem a sorte de encontrar a pessoa que você vai amar pro resto da vida no mês do seu aniversário duas vezes. Talvez fosse mais fácil pedir uma garrafa de vodka, porque é garantido que eu vou ter praticamente tudo da lista mesmo que seja de uma maneira distorcida. O problema é que eu to cansada de ter que aguentar a ressaca no dia seguinte, aguentar a realidade de que eu sou infeliz e quem eu amo me abandonou, me deixou sem norte e perdida.
As vezes eu acho que ele nunca existiu, foi tudo um sonho muito bem cronometrado pra eu não ter um final feliz. Eu não me lembro de como era ser feliz, mas as vezes eu tenho uma breve sensação de como é, fim só conheço a dor.

domingo, 11 de abril de 2010

um conto de fadas sem final feliz.

Era uma vez um casal, eles eram perfeitamente imperfeitos um pro outro, mas se completavam de um jeito sem falhas. Ele era a cura pra febre dela, ela era a princesa que ele procurava. Quando se olhavam saiam faíscas da combinação de amor e desejo mútuos. Quando estavam de mãos dadas, era como se fosse um escudo pra defender de tudo de ruim que pudesse acontecer. Seus corações se completavam, ela acabava com o vazio nele e ele acabava com todas as dores dela, afugentava todos os mesmo. Quando estavam juntos o mundo parava de existir pra ela. Ele era tudo que ela sempre precisou mas não sabia, tudo que ela sempre sonho sem saber. Podia se dizer que era um casal talvez digno de uma história de amor. Ela era recheada de amor, mas não um amor comum, era amor puro. Ela entregou seu coração a ele e mesmo com um buraco no peito era completa pois tinha ele ao seu lado para preencher o escuro com luz.
Se viam pouco e a saudade doía, apertava mas até que era boa, principalmente quando se viam. Um beijo quase simétrico, seus lábios tinham o encaixe certo. Quando chegava o dia de ir embora, final de tarde (sempre bonito, um entardecer de conto de fadas) ela morria por dentro. Dentro do carro olhava pela janela traseira -um último olhar, um sorriso- e ela via ele ir embora andando. Chorava. Então lembrava da primeira vez em que ele disse que a amava, sussurrando em seu ouvido, num dia ensolarado de outono, como uma leve brisa "eu te amo". Seu coração se acalmava e ela sabia que ia ficar tudo bem...
Ah, como ela tava enganada. Sabe quando você tá tendo o sonho P-E-R-F-E-I-T-O e de repente vira um pesadelo de proporções assustadoramente destruidoras? foi assim.
Ele a deixou. E ela?
Bom... ela perdeu o brilho do olhar, sua vida escorregou como areia pelos dedos de sua mão e o sorriso? esse se transformou numa linha reta, rígida de dor e sofrimento. Seu rosto não tinha mais expressão.
Mas o tempo passou e ela voltou a viver, sorrir. No olhar ainda carregava a dor de perder um amor que não tem coração que esqueça! Ainda hoje quando vai embora sente saudades daquela dor de ficar sem ele, daquela saudades que teria fim quando ele segurasse sua mão e sorrisse pra ela, como se finalmente o mundo fizesse sentido e valesse a pena, saudades.
Ele foi embora, se perdeu, na verdade talvez não quisesse mais voltar pra casa. Dizem que de madrugada ainda da pra ouvir os gritos de desespero dela pedindo por socorro, o socorro dele! Talvez tenha sido demais, amor demais, dor demais... pólvora pegando fogo e em milésimos de segundos explodindo.
Falam por ai que o amor não morre, e o amor dela por ele ainda permanece vivo trancado em algum lugar dentro dela, perdido entre o ódio, a dor e o vazio que agora a preenchem e a consomem.
Será que ele ainda vai encontrar o caminho de casa voltar e salva-la? Fazer nascer mais uma vez um sorriso em seu rosto?

Ela repete pra si mesma "eu vou ficar bem."

sábado, 10 de abril de 2010

cross my heart.

"Words are flowing out like endless rain into a paper cup,
They slither wildly as they slip away across the universe.
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind,
Possessing and caressing me.

Nothing's gonna change my world.

Images of broken light which dance before me like a million eyes,
They call me on and on across the universe.
Thoughts meander like a restless wind inside a letter box,
They stumble blindly as they make their way across the universe

Nothing's gonna change my world.

Sounds of laughter, shades of love are ringing through my opened mind
Inciting and inviting me.
Limitless undying love, which shines around me like a million suns,
And calls me on and on across the universe

Nothing's gonna change my world."

sexta-feira, 9 de abril de 2010

eu costumava escrever sobre o amor e não sobre a dor.

Você pensa que é fácil? dia após dia tentar reconstruir o que você deixou em ruínas, impossível de reconstruir. É difícil pra caralho. Me tornar uma pessoa fria, fechada e recheada de ódio e dor. SEM ESPERANÇA. Era isso que você queria certo? que eu não tivesse mais esperança.
Eu tentei de todas as formas te esquecer, fingir que você não existe, exatamente como você queria. Mas as vezes eu ainda acordo implorando pra morrer. E só o que você sabe fazer é bagunçar tudo, aparecer e me destroçar ainda mais... já não basta pra você?
Eu me apego a cada fiapo de alegria que me é dado e imploro por um dia melhor. Mas a noite meu travesseiro ainda fica encharcado com as lágrimas que descem sem parar, pedindo com todas as minhas forças pra tudo isso acabar. E ainda sim os sonhos que na essência são pesadelos me perseguem, iludem... machucam. Você é assim, se alguém te ama seu objetivo é infligir dor a ela, ou talvez seja assim exclusivamente comigo. Volta, age como se fosse meu amigo, diz gostar de mim, mas na verdade você só precisa me ver sofrer pra se afirmar como o tal, eu me odeio por te amar e te odeio por me fazer te amar e ainda me fazer sofrer. Cada vez que eu tento seguir com minha vida, você coloca uma barreira na minha frente, desaparece e me deixa perdida, sozinha e em carne viva. O que mais você quer de mim? Será que nem no dia que eu morrer sua memória vai me deixar em paz? Agora eu sou como uma boneca que você jogou no chão e nunca mais vai funcionar direito, vou ser sempre quebrada. Já não basta pra você?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

cause I don't shine if you don't shine.

"tiny off light: When will you shine for me?
diamond: I'm a diamond, sweetie, I don't shine.
tiny off light: Uh.. [...]
diamond: BUT, if YOU shine for me then I can reflect your light. What do you say?
tiny off light: Well, I could accepted that, but... I don't shine..
diamond: Of course you do. That's what a star is able to do, isn't it?
tiny on light: OH! AM I A STAR?
diamond: Yes. MY star! And if you shine, I sparkle!
Since then, she never ever stoped to shine. Shine for him."
créditos para: http://candytear.com/

my sunshine is dead, my sunshine is over, my sunshine left me, my sunshine, always my sunshine.

outro parágrafo sobre meu coração.

Existe alguma forma de medir um sentimento? uma vez tentei comparar com o tamanho do universo... mas que tamanho tem o universo com suas incontáveis galáxias?
Enfim deixando isso de lado, as pessoas se apaixonam. Isso é um fato incontestável, independente da hora, da situação, da pessoa, do clima, do lugar, elas se apaixonam. Mas isso não quer dizer que elas estejam amando, na verdade isso é um erro bastante comum, que pode machucar as pessoas. Eu sendo uma pessoa que se apaixona bastante (e sendo sincera, eu sou muito intensa quando se trata de sentimentos) tirando isso sou uma pessoa apaixonada, e as vezes isso deixa algumas pessoas magoadas. Odeio fazer pessoas que eu gosto sofrer, odeio, odeio, me desprezo. Por causa disso: MAGOA eu aprendi a me fechar, nem sempre de uma maneira boa mas me fechei. Eu nunca escondi o que sinto, sempre fui sincera com o que eu sentia. Por ser assim, as vezes parece que eu carrego o peso do mundo nas costas.
É engraçado, eu ia escrever sobre outra coisa mas me deu vontade de falar isso ai.
Eu me apaixono, mas só amo verdadeiramente uma pessoa: eu mesma.

P.S: ok talvez duas pessoas.

Fraqueza?

As vezes é tão difícil deixar de amar alguém, eu queria que fosse porque na verdade não é pra você esquecê-la e não porque ela não te ama.
Você odeia ele, tem raiva dele por tudo que fez pra você sofrer. E mesmo assim, ainda é nele que você pensa antes de dormir, quando chora ao ouvir uma música... ele.
O problema de tentar tão arduamente esquecer ele, é que uma hora de tanto você correr acaba parando num beco sem saída. Ama-lo? Odia-lo? a gente só odeia aquilo que nos faz sofrer porque amamos (ok, só em alguns casos).
Eu me apego a cada coisinha, por mais simples que seja contanto que tenha sido ele que disse. Eu me recuso com todas as forças ama-lo, mas ao mesmo tempo luto contra isso para não esquecê-lo. Odeio a sensação de tê-lo longe do meu coração.
Nem todo o desprezo do mundo que você joga nele, é capaz de afasta-lo... até quando?
Merda, odeio com todas as forças admitir isso mas eu ainda amo ele.

Preciso fechar isso em mim, e encontrar alguém que me ame também. *suspiro alto e cansado*

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um fim mas não exatamente um final.

Ela tombou de joelhos ali no meio do nada, o centro do mundo. Parecia que todo o ódio do universo tinha sido depositado nela. Lágrimas negras começaram a escorrer em seu rosto, a maquiagem ficando borrada... mais ódio. Ficar com muita raiva sempre a fazia chorar, considerava isso uma fraqueza. Mas não conseguia evitar, era muita dor, dor o suficiente pra destruir o mundo inteiro. Podia sentir todo o peso do mundo em sua alma que doia em cada minima partezinha, estava estilhaçada.
Olhou para o próprio braço, cicatrizes de desespero se destacavam na luz, achou que uma dor física amenizaria a dor lacinante em seu coração. Ajoelhada ali, sozinha sem ninguém pra fingir interesse ou afeto por ela, fez um juramento em nome de todo o universo "jamais amaria alguém da mesma forma, não sofreria mais por um sentimento tão corrosivo." Uma droga, essa era a verdade ela pensou. O amor é uma droga horrível, doce e cruelmente desejável. Desejou desaparecer do mundo, não sentia vontade de encontrar ninguém pois sabia que teria que pintar um sorriso no rosto e fingir que estava tudo bem. Tinha se tornado muito boa nisso, fingir um sorriso, ajudar os outros e dizer "Eu estou bem". Trocou o amor pelo alcool, quem poderia culpa-la? Toda maldita noite, após se deitar se sentia como a última pessoa do mundo, sem amor, sem nada. Não dormia, e quando conseguia era assombrada por memórias boas, por sonhos bons que na realidade eram terríveis pesadelos, assim ela percebia quando acordava aos gritos, o som do desespero. Em sua casa, já não acordavam mais durante a madrugada para ver se tinha acontecido algo. Só dormia bem quando chegava em casa tarde da noite tão bêbada que mal conseguia parar em pé, caia na cama com a roupa do corpo, se agarra aos seus vários bichos de pelúcia e dormia quase instantaneamente, não antes sem pensar no rosto dele pelo mais breve dos momentos e apagava, escuridão, uma noite sem sonhos. No dia seguinte, abria os olhos e chorava por uns 15 minutos antes de levantar, se olhar no espelho, xingar seu próprio reflexo e perguntar a um Deus que nem sabia se existia, e pra falar a verdade nem acreditava: porque isso tá acontecendo comigo? porque eu to assim, tão destruída? eu mereço isso mesmo? por que eu nunca consigo o amor verdadeiro? porque ele me abandona toda maldita vez?. E assim, se retirava voltava pra bolha que havia criado, talvez uma alegria real durante todos os dias mas nunca felicidade. Ninguém via, ninguém percebia nada. Mas tava tudo bem, ela começou a aprender ter como companhia apenas a dor, momentos de alegria extremamente bons e seus pensamentos, nada mais que isso. Não conseguia suportar a companhia de uma pessoa por muito tempo, era como se as pessoas tivessem prazo de validade pra ela, depois ela tinha que se esconder e ser ela mesma, sentir o que era verdade dentro dela, se afastar da poluição que agravava ainda mais as feridas que ficariam abertas pra sempre em seu coração, sua alma.
Jamais mudaria o jeito de ser, sua maior qualidade era também sua desgraça. Amava com todas as suas forças, sempre que se apaixonava sem querer colocava um peso enorme nos ombros da outra pessoa e a mesma se assustava e ia embora, decepcionada mas sempre cheia de esperança, respirava esperança... sofria é claro, mas seguia em frente. Só mais tarde percebeu que na verdade nunca chegou a algum lugar porque seguiu em frente mas não saiu do lugar. Seu último sentimento, podia senti-lo, enxergá-lo e até mesmo tocá-lo, puramente verdadeiro, inocentemente puro. Estava trancado no lugar mais calmo e belo de seu coração, não abriria até que o possuidor das chaves viesse e abrisse com as palavras, os olhares e o que fizesse dele merecedor de algo tão maravilhoso.
Ela levantou, olhou pro céu e ficou assim por incontáveis minutos. E então mais uma vez foi em frente, por uma última vez ela ia seguir em frente e se perder no labirinto que ela mesma criou pra si. Mas jurou que voltaria e ia vê-lo mais uma vez.