domingo, 25 de abril de 2010

finalmente o sol.

Não é ótimo quando depois de uma tempestade horrível o sol aparece pra iluminar e trazer paz a terra?
Ela estava em paz, parecia que faziam anos desde que esteve "calma" consigo mesma. Mas estava relativamente feliz, claro com alguns problemas. Não falava com sua mãe a quase uma semana e antes disso as coisas já não iam bem. Ela suspirou. Abriu a porta de casa e respirou aquele cheiro familiar bom. Estava sozinha, ia passar a semana assim. Só não tinha certeza se isso era muito bom ou se ia acabar se irritando por passar tanto tempo sozinha, queria pelo menos alguém pra ficar ali com ela. Lembranças rodopiaram em sua cabeça mas logo foram embora. Tais lembranças já não a incomodavam e tão pouco a machucavam, na verdade eram lembranças felizes. Depois de selar o seu amor por aquele garoto na pele começou a sentir livre dele finalmente, sentia-se feliz com aquele novo milagre em sua vida no entanto não conseguia se libertar para vive-lo. Mas finalmente conseguiu sentir a vida nos olhos de alguém de novo. Um sorriso brincou em sua boca, gostava desse pensamento de alguém que a fazia bem, no entanto o mesmo sentimento que a deixava radiante também a deixava irritada, pois ficava confusa e sem saber como agir. Odiava se sentir de mãos atadas, principalmente quando estava em jogo seus sentimentos, seu coração ou qualquer coisa do tipo. "ARGH", foi o que ela disse desabando no sofá, estava tentando colocar os pensamentos e sentimentos em ordem, mas estava tudo uma grande bagunça e não conseguia organizar as coisas, isso só estava piorando as coisas. Jogou a perna pra cima do encosto do sofá e a cabeça pra fora, de cabeça pra baixo talvez viesse uma solução... nada. Enquanto o sangue descia pra sua cabeça pensou que talvez pudesse fazer como sempre e ser sincera quanto aos seus sentimentos... não, isso o afastaria mais do que aproximaria os dois. Sentou-se no sofá e levantou, despiu a camisa cinza que caía no ombro, jogou no chão e deitou na cama no meio de um bando de animais de pelúcia com as mais diversas cores. Ficou ali deitada imaginando como seria bom estar com ele abraçada e sentindo o cheiro dele. Ia acabar ficando maluca, afundou a cara no travesseiro como se isso fosse afugentar as ideias que tanto a deixavam inquieta e desnorteada. Definitivamente hoje ela estava sem sorte, ou na verdade sorte de ele ter aparecido na vida dela. Não sabia dizer, mas estava feliz dele o ter feito. (:

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